António Jorge Peres Feio (Lourenço Marques, 6 de Dezembro de 1954 — Lisboa, 29 de Julho de 2010) foi um actor e encenador português condecorado, a 27 de Março de 2010, com o grau honorífico de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.[1]
Viveu em Moçambique até aos sete anos, tendo-se instalado em Lisboa, com a família. Estreou-se aos onze no teatro, com a peça de Miguel Torga, O Mar, dirigida por Carlos Avilez, no Teatro Experimental de Cascais. Chega cedo à televisão e ao cinema, participando ainda em folhetins na rádio e campanhas publicitárias. Em 1969, profissionalizado na companhia teatral de Laura Alves, volta a Moçambique, em digressão com a peça Comprador de Horas. Retirou-se dos palcos, tendo trabalhado como desenhador num atelier de arquitectos. Em 1974 está, de novo, no Teatro Experimental de Cascais, de onde sai para formar, com Fernando Gomes, o Teatro Aquarius. Passa de seguida para a Cooperativa de Comediantes Rafael de Oliveira, Teatro Popular-Companhia Nacional I, sob a direcção de Ribeirinho, Teatro São Luiz, Teatro Adóque, Teatro ABC, Casa da Comédia, Teatro Aberto, Teatro Variedades, Teatro Nacional D. Maria II.
Começa a encenar com o espectáculo Pequeno Rebanho Não Desesperes de Christian Giudicelli, na Casa da Comédia. Segue-se Vincent de Leonard Nimoy, no Teatro Nacional D. Maria II e O Verdadeiro Oeste de Sam Shepard, no Auditório Carlos Paredes. Faz, como actor, Inox-Take 5 (1993) com José Pedro Gomes e é o início de um trabalho em conjunto e de uma "dupla" que dura até aos dias de hoje. Começa a dirigir cursos de formação de actores no Centro Cultural de Benfica e forma com vários alunos alguns grupos: O Esquerda Baixa e o Pano de Ferro, e com eles faz alguns espectáculos. Seguem-se muitas outras encenações sendo as mais importantes: A Partilha de Miguel Falabela e O Que diz Molero de Diniz Machado (Teatro Nacional D. Maria II); Perdidos em Yonkers de Neil Simon e Duas Semanas com o Presidente de Mary Morris (CCB e Teatro Nacional S. João); Conversa da Treta de José Fanha (Auditório Carlos Paredes); O Aleijadinho do Corvo de Martin McDonagh (Visões Úteis/ Teatro Rivoli); Arte de Yasmina Reza (Teatro Nacional S. João); Bom Dia Benjamim de Nuno Artur Silva, Luís Miguel Viterbo e Rui Cardoso Martins (CCB e Expo98); Portugal Uma Comédia Musical de Nuno Artur Silva e Nuno Costa Santos (Teatro São Luiz); Popcorn de Ben Elton ao lado de Helena Laureano, Deixa-me Rir de Alistair Beaton,Jantar de Idiotas e O Chato de Francis Veber (Teatro Villaret).
Para além do teatro fez televisão (popularizou-se em sitcoms como Conversa da Treta ou programas como 1, 2, 3); algum cinema (com Alfredo Tropa, Eduardo Geada, Luís Filipe Costa e Fernando Fragata), traduções e muitas dobragens. Mantinha-se na rádio com uma crónica humorística na TSF. Acabou por falecer, na unidade de Cuidados Paliativos do Hospital da Luz, vítima de um cancro no pâncreas contra o qual lutava há largos meses.
Desde ontem Portugal ficou mais pobre ... um grande Homem, actor e encenador, partiu ... ficarão para sempre na nossa memória os seus trabalhos e tudo o que nos deixou.
Fomos colegas de Liceu, lá em Lourenço Marques, hoje Maputo, local onde ambos nascemos.
Fica aqui a minha pequena homenagem.
10 comentários:
E um dia (quero crer), lá nos encontraremos.
Beijo, Isabel.
Perdeu-se um Homem de coragem!
Um beijo
Não consegui ver o vídeo porque dá uma mensagem de erro. Vejo que Antonio feio trabalhou uma peça A Partilha, de Miguel Falabela que é brasileiro. Que bom.Fico sempre contente quando vejo a união, algo em comum entre portugueses e brasileiros.
Que António Feio descanze em paz e certamente ficará para sempre na memória não só dos portugueses mas de todos que amam a arte.
Beijos
Um grande homem que sorriu até ao momento final! Vi imensos trabalhos dele...mas "Conversas da Treta" deram e provocaram imensas gargalhadas ao país!!!
Agora sim, consegui ver o vídeo e ouvir a linda mensagem que António Feia nos deixa."Aproveitem a vida e ajudem-se uns aos outros, apreciem cada momento, agradeçam e não deixem nada por dizer, nada por fazer"
Que pena ele ter partido.Ainda tinha muito a nos oferecer como artista e como o bonito ser humano que me pareceu ser.
Beijinhos e bom fim de semana.
Portugal ficou menos bonito com a morte de António feio.
Cara Isabel, as tuas palavras são imagens e se depois da morte se puderem ler, certamente que o António estará a sorrir.
Beijinhos.
Ferrus
Num país cinzentão a alegria de António Feio e o seu bom humor vai fazer muita falta.
Abraço do Zé
Grande perda, bonita homenagem
Os grandes actores não morrem ficam na nossa memória
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