terça-feira, setembro 23, 2008

Petição pelo Resgate para Portugal, dos Militares Mortos na Guerra do Ultramar / Guerra Colonial.

Exmo. Sr. Presidente da Assembleia da República Portuguesa,

As cidadãs e cidadãos abaixo assinados pretendem que o Estado Português cumpra o dever patriótico de trasladar para Portugal – para as suas terras de origem, de onde partiram para a Guerra do Ultramar / Guerra Colonial - os restos mortais dos Combatentes que morreram ao serviço da Pátria e ficaram enterrados em campas espalhadas pelos antigos territórios ultramarinos.

Assim, e ao abrigo do Decreto-Lei nº. 43/90, de 10 de Agosto, com as alterações que lhe foram introduzidas pela Lei nº. 6/93, de 1 de Março, pela Lei nº 15/2003, de 4 de Junho e pela Lei nº. 45/2007 de 24 de Agosto, subscrevemos o requerimento, proposto pelo “Movimento Cívico de Antigos Combatentes”, a enviar à Assembleia da República para:

1 – Que seja decretada a trasladação para Portugal dos restos mortais dos militares mortos e abandonados em terras africanas, em cumprimento do mais elementar desígnio das nações civilizadas e para dignificar a memória dos que morreram ao serviço da Pátria.
2 – Que esses restos mortais sejam trasladados para Portugal, entregues às respectivas famílias e/ou depositados junto do Monumento Nacional aos Combatentes, em local apropriado e digno.

Até esta situação estar resolvida, as Comemorações do 10 de Junho – Dia de Portugal e das Comunidades - continuarão ensombradas pela ausência daqueles que, lutando sob a bandeira de Portugal, por ela deram o sacrifício máximo, a própria vida.

Apoiam esta Petição, além dos subscritores da mesma, muitas associações de Antigos Combatentes e outras Instituições.


Se estiveres de acordo com o assunto desta petição, por favor ajuda na sua divulgação, colocando no teu blog, site ... enviando para os teus contactos. Clica na imagem e assina. OBRIGADA.

Esta imagem fui eu que a fiz , se eventualmente gostares da mesma ... estás à vontade para a utilizar ... (p.e., colocando-a na tua barra lateral), se assim o entenderes, o código é o seguinte:


Porque é de TODA a JUSTIÇA.

Conto convosco.

OBRIGADA

21 comentários:

Unknown disse...

Olá Isabel,
a imagem está perfeita, e além de estar totalmente de acordo com esta petição, já a assinei.

Beijinhos

Paula Raposo disse...

Sou a assinatura 716. Vou colocar na barra lateral do romãs com link para o teu blog. Este caso, quanto a mim, como escrevi no comentário opcional da petição, é de 'elementar justiça'!! Muitos beijos

wind disse...

Excelente trabalho por uma grande causa.

mfc disse...

Sempre queremos os nossos perto de nós!
A música de Brel adequa-se na perfeição... também ele deixou imensas saudades, quando partiu de nós naquela ilha longínqua!

Planetario Notícias disse...

Belissimo trabalho querida Isabel, parabéns por mais uma linda iniciativa.
Big Kiss

Fatyly disse...

Isabel
A imagem diz-me muito, diz-me tudo e fiquei deveras emocionada.

Quanto à Petição (que respeito em absoluto, mas não assino) vou dar a minha VERDADEIRA opinião e desde já peço desculpas se ferir a susceptibilidade de alguém:

Li, reli e tornei a ler esta petição e trinta e tal anos depois revi slides de quem viveu no terreno essa maldita guerra colonial.
A Angola que me viu nascer, foi essa mesma Angola que "recolheu" o que restou de tantos e tantos homens/meninos "Carne para canhão" que tornaram a terra vermelha, ainda mais vermelha com o seu sangue e vida.
Vi, volto a repetir, VI que em muitos caixões que vieram para a metrópole, em vez de um corpo, vinham pedaços se existiam, mas a maioria eram pedras e dessa forma colmataram a dor dos familiares "no culto ao seu ente querido".
O tempo passou, a mata cresceu e revolver terras para encontrar...se é que encontram e com esse gesto e trasladação abrirem ainda mais a ferida que nunca fechou no coração de uma mãe, pai, irmão, mulher, filho ou amigo?
Compreendo que não "havendo corpo" ficará para sempre a dúvida...será que morreu mesmo?
O meu irmão morreu num acidente de moto, na folga dele, mas como "militar do exército angolano" ficou enterrado no cemitério militar. O meu pai e o meu irmão mais velho ainda lá estavam e foram presentes. Entretanto dois anos depois vieram definitivamente.
Seis anos depois, os meus pais receberam uma carta do governo dando conhecimento que iriam fazer o levantamento e caso quizessem fazer algo definitivo (não havia cremação), para estarem presentes.
Foi a minha mãe, ficou em casa de amigos, e foi um desses amigos que tinha estado no funeral que assistiu esse espectáculo tão triste.Qual não foi o espanto que não havia os sinais das ossadas do meu irmão, que foi núo (porque quem vestia ficava com as roupas porque lhes fazia muita falta- presenciado de longe pelo meu irmão mais velho e por esse amigo e que sabendo das grandes necessidades fingiu que não viu) e apenas levou o fio que nunca o largou desde que me lembre: em cabedal e com uma foto de Che Guevara numa peça de bronze, as chapas militares, várias pulseiras em borracha preta, coisas que não se degradam com ou na terra.
Abriram igualmente as duas do lado direito e as duas do lado esquerdo...e nada, versus nada!
Ninguém estava presente para os outros levantamentos.
O meu pai e o meu irmão mais velho que assistiram ao funeral, deram as dicas à minha mãe onde ele estaria e apesar dos registos feitos, fulano J "filhos de pais incógnitos(?)", enterrado na sepultura X, talhão Y, não batia a bota com a perdigota, já que nos seis anos passados, a árvore cresceu, como cresceu a mata, como cresceram as flores, como cresceram o número de campas. A minha mãe resolveu investir o pouco dinheiro que lá tinham e que não puderam trazer e mandou fazer quatro campas definitivas com uma simples lage com uns dizeres mais ou menos assim: Não sei quem sou, mas fui amado por quem aqui passou!
e rumou para Portugal, com uma única certeza: tinha feito o que o seu coração de mãe lhe tinha dito em prol do nosso João, que repartia tudo o que tinha, aprontou das suas nas enormes aventuras que fez, não gostava de cemitérios, seus adereços e queria ser cremado (o que não havia)
Agora junta este pequeno problema a milhares e milhares espalhados por uma Angola tão grande.

Por ser quem sou, por ter viso o que vi, por...por...escrevi tudo isto debaixo de lágrimas e penso: que descansem em paz, a paz que lhes negaram, roubaram, mutilaram quando eram meninos/homens.

Não sei se me fiz compreender, mas é o que penso, é a minha verdade!

Desculpa(em)! Não consigo escrever mais nada!

Beijos

Fatyly disse...

Vou aproveitar o teu trabalho magnífico para uma frase que tenho!

Beijos

São disse...

Isaabel, aprecio o teu empenho, mas - mais ou menos pelos mesmos motivos expostos por Fatyly - não assino.

Um abraço e o meu respeito por ti e por quem sofreu(e sofre!) por causa do trágico equívoco que foi a Guerra Colonial!

peciscas disse...

Sempre fui e serei contra a guerra colonial.
Entre muitas outras coisas, porque gerou sentimentos e ocorrências como a Fatyly relata.
Mas assinei a petição. Porque uma coisa foi a guerra, tão cruel e selvagem quanto inútil e outra coisa foi o sofrimento daqueles que foram obrigados a vivê-la. E considero que há uma dívida do Estado para com as famílias daqueles que morreram e que desejam ter o corpo do seu ente querido sepultado junto de si, em condições dignas.
É preciso compreender os sentimentos dessas pessoas.
Mas, há , porventura, quem esteja nestes movimentos, para tirar dividendos políticos, designadamente revanchistas e retrógrados. Estou consciente disso, mas tal não me impede de considerar que é um dever do Estado reparar alguns erros que persistem, ainda que tenham sido originados num passado mais ou menos distante.
Quando assinei a petição, declarei, entretanto, uma reserva. No texto introdutório, afirma-se que estes portugueses "morreram pela Pátria". Discordo totalmente. Porque a Pátria não estava ameaçada nem invadida.
Esses militares foram, sim, sacrificados por uma política de cega teimosia, que apostava, inutilmente, remar contra as marés da história. Como o tempo veio a provar.
Sei que alguns poderão continuar a pensar que as colónias (não se tenha medo do termo, porque em grande parte do Estado Novo essa era a designação oficial; o termo Ultramar foi criado já quando a opinião mundial se virava contra Portugal, para tentar "salvar a face" e tentar iludir a questão colonial))eram parte integrante da Pátria. Mas não eram. Nem pela história, nem pela cultura, nem pelo direito.
Eram, tão somente, territórios ocupados (como houve muitos outros em África e em outros continentes)que, mais tarde ou mais cedo haveriam de querer seguir o seu próprio caminho.

bisturi disse...

De alma e coração de acordo...
Já consta na barra lateral lá no meu sítio...

LUIS MILHANO (Lumife) disse...

Concordo plenamente com a petição.

Só peca por tardia.

Mas nada obsta que se procure remediar um mal de ingratidão que os governantes têm tido para quem deu a vida em plena mocidade.

Homenageemos os mortos.

Ainda há pouco se resgataram diversos corpos da Guiné.

Avancemos com a petição.

Não demos ouvidos aos velhos do Restelo...

Odele Souza disse...

Bonito isto amigos. Cada um dizer o que pensa mas sempre respeitando a opinião do outro. Vejo que nem todos concordam com Isabel, mas manisfestam sua opinião contrária à petição, de forma educada, correta, respeitosa. Como deve ser.

Quanto a mim, embora eu não seja portuguesa, tenho por vocês imenso carinho e os considero além de amigos, meus irmãos. E por concordar com Isabel, levo a imagem de divulgação da petição para meu blog e para o blog de Flavia.

Eu detestaria não saber onde meu filho estaria sepultado ou mesmo que o soubesse em terra estranha.

O meu abraço carinhoso pra todos vocês.

JAIME disse...

Isabel,

É DEVER venerar nossos mortos.
É OBRIGAÇÂO do governo português reunir e devolver os restos mortais dos soldados sacrificados na guerra colonial, a sua Pátria Lusa, para que possam ser homenageados com o respeito que merecem, já que isso não está acontecendo nos locais longínquos onde foram sepultados. E que isso seja feito sem a intenção dúbia, oportunista de buscar dividendos políticos. 34 anos é muito tempo. E um tempo que ENVERGONHA!

Jaime

Maria Clarinda disse...

Isabel o meu sentir fica mais ou menos condizente com o da Fityly.
Acredita que estou contigo, as tuasimagens guardei-as bem guardadas no meu lugar secreto.
Obrigada!
Sabes eu ainda deixei a minha mãe, a minha avó e toda os que partiram...sou a 4 geração...!!!!

Regressei ao blog.
Jinhos mil

Planetario Notícias disse...

Querida isabel.
O som que ouviste foi uma televisao da internet que coloquei a pedido de um parceiro de troca de links , mas nao sei dos programas que nela passam, vou averiguar.
Obrigada pela visita e pelo aviso.
Big Kiss

Anónimo disse...

Como ex militar e irmão de militar falecido em Mueda / Moçambique , apesar de cada opinião contar, por essa mesma razão expresso a minha.
Não me parece, após mais de 33 anos, em alguns casos 50 anos, se mexer num assunto para muitas famílias já dificil de voltar a (re)lembrar.
Depois e quem passou por lá, sabe que nem todos os corpos lá foram sepultados. Agora com essa questão e o recordar da mesma , vai-se mexer numa ferida "sarada" quando e numa altura que pode não ser a indicada para se falar em tal.
O necessário é fazer com que seja onde for, e em que situação for, os nosso militares e não só, mas todos os que morreram fora do País e em missão, tenham o reconhecimento justo e sejam recordados como herois , isso sim, . Por mim, e em sua memória , eu desejo "DESCANSEM EM PÁZ"

poetaeusou . . . disse...

*
perfeita imagem,
descanso eterno
aos meus camaradas
mortos no campo da honra . . .
,
mais de 15.000 militares,
,
*

Fragmentos Betty Martins disse...

.querida Isabel








.cheguei!!!_______das minhas férias:)


obrigada pela visita.e pelo carinho da leitura.e.da.palavra


.agora é só mesmo um___olá!
volto mais tarde para ler e comentar








beijO_____C_____carinhO

Peter Pan disse...

Linda e Extraordinária Amiga:
Uma atitude digna, justa e inigualável.
Vê-se e sente-se a ternura e o encanto que "moram" em si.
Um gesto maravilhoso numa lembrança de um Fantástico Ser Humano deslumbrante e admirável.
Claro, que assino.
Sensacional. Emocionou-me de forma bele e imensa de ternura.
Parabéns, doce e íntegra amiga.
Beijinhos de um respeito imenso, estima e consideração.
Admiro-a, sabe, doce amiga.
Profunda e significativa atitude.
Emocionado pela sua linda sensibilidade deslumbrante e terna

p.pan

Miguel disse...

Podes contar com mais um ...!

Bjks da M&M & Cª!

Fragmentos Betty Martins disse...

.querida Isabel


EXCELENTE_____trabalho com a imagem




acabei agorinha de assinar a petição










beijO____C____carinhO