Encontrei uma preta que estava a chorar,
pedi-lhe uma lágrima para a analisar.
Recolhi a lágrima com todo o cuidado
Recolhi a lágrima com todo o cuidado
num tubo de ensaio bem esterilizado.
Olhei-a de um lado, do outro e de frente:
Olhei-a de um lado, do outro e de frente:
tinha um ar de gota muito transparente.
Mandei vir os ácidos, as bases e os sais,
Mandei vir os ácidos, as bases e os sais,
as drogas usadas em casos que tais.
Ensaiei a frio, experimentei ao lume,
Ensaiei a frio, experimentei ao lume,
de todas as vezes deu-me o que é costume:
nem sinais de negro, nem vestígios de ódio.
nem sinais de negro, nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo) e cloreto de sódio.
de: António Gedeão
de: António Gedeão
3 comentários:
olá Isa
(aqui o bloger todos os dias inventa uma para colocar os comentários)
gosto das tuas imagens. do das montagens que fazes. algumas mais do que outras, confesso.
mas esta aqui... esta aqui está soberba.
beijinho da leonor
Isabelinha:
Adorei. Esse é um dos poemas que eu gosto...
Beijinhos
adorei
:-)
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